Além de ser um dos critérios de maior relevância para a decisão de implementar um Centro de Serviços Compartilhados, de acordo com a Pesquisa Benchmark em CSC do IEG (2017), o custo é um dos três pilares fundamentais de sustentação dessa estrutura:

Neste cenário, conhecer algumas formas de custeio e cobrança que a área pode adotar, bem como seus benefícios e desvantagens, se torna imprescindível para a definição estratégica de uma Companhia.
Existem formas básicas de cobrança, cuja implementação possui baixo grau de complexidade, como é o caso do rateio simples. Visto que não se baseia no volume de serviços efetivamente requerido, não contribui para a educação da demanda. Isto pode se refletir em uma dificuldade de atender todas as solicitações recebidas com a qualidade almejada e com o baixo custo exigido pela Companhia.
A cobrança às unidades de negócio também pode ser realizada de acordo com volumes e métricas pré-fixadas. Ruídos intraorganizacionais podem ser gerados em virtude de eventuais discrepâncias no combinado. Afinal, nem sempre o planejamento orçamentário se concretiza na realidade e ocasionais diferenças de valor precisarão ser assimiladas.
Avançando na escala de complexidade, há o custeio baseado em atividades, também conhecido como custeio ABC, que consiste em uma forma eficiente para alocar e mensurar custos. Desse modo, o orçamento das áreas de negócio é consumido de acordo com os serviços demandados. Todavia, é importante enfatizar que não é uma metodologia simples, especialmente no que diz respeito ao seu processo de elaboração.
Da mesma forma que o custeio ABC, a cobrança baseada na demanda é uma ótima forma de educar as unidades de negócio. Entretanto, ela também requer um esforço relevante para não apenas catalogar os serviços a serem prestados, como também levantar os custos fixos e variáveis envolvidos e definir uma precificação para cada um deles.
Também há outra possibilidade de custeio que confere ao CSC mais autonomia e independência. A cobrança pode ser feita em consonância com o praticado no mercado, permitindo que atue tal qual uma empresa terceirizada. Além de ser um modelo complexo em termos de gerenciamento, é possível que as unidades de negócio façam uso de sua prerrogativa de escolha e cessem os negócios com o Centro.
Além das formas explicitadas acima, ainda há como ser mais específico na hora de realizar a cobrança dos serviços prestados. É possível distinguir modalidades de atendimento, sinalizando se esse é regular ou emergencial, por exemplo. Dessa forma, é possível acordar um SLA de 15 dias com custo de R$X se a demanda for regular, enquanto, se for requerida a modalidade emergencial, o prazo de atendimento cai para 2 dias e o custo aumenta para R$6X.
Com base no exposto, existem muitas possibilidades de cobrança no que tange aos serviços prestados pelo CSC. Cada empresa deve realizar um levantamento de sua estrutura e seu grau de maturidade, ponderando benefícios e desvantagens, de modo a escolher a opção que seja mais aderente às suas reais necessidades.
No entanto, ao se generalizar, pode-se dizer que um CSC recém-formado, por exemplo, possui uma inclinação a optar por métodos que exigem um grau mais baixo de gerenciamento e que são relativamente simples. À medida que for incrementando o seu grau de maturidade, a área tende a caminhar rumo a opções mais complexas que educam a demanda, de modo a realizar a cobrança das unidades de negócio de forma assertiva.

Autor

Redação IEG

O IEG é uma empresa que elabora soluções de ensino, pesquisa e consultoria em gestão de forma integrada e complementar para você e para a sua organização.

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