Criada no final da década de 90 através da união entre a Cervejaria Brahma e a Companhia Antarctica, a gigante Ambev possui hoje em seu portfólio mais de 100 rótulos e 30 marcas de bebidas. Presente em 19 países, o Brasil ainda representa seu maior mercado e possui uma estrutura à altura: são 32 cervejarias e 2 maltarias, 100 centros de distribuição direta e 6 de excelência. Para girar toda essa operação a empresa conta com 35 mil colaboradores no país.
Atualmente a companhia faz parte do grupo Anheuser-Busch Inbev, conhecida como AB Inbev, totalizando assim mais de duzentas marcas de bebidas entre elas as conhecidas Budweiser, Stella Artois, Leffe e Quilmes. Nesta entrevista, Fernando Maffessoni, Diretor do CSC Ambev no Brasil, nos conta os principais desafios enfrentados no processo de Internacionalização dos serviços do CSC.
Pioneiro dentro da organização, o CSC brasileiro foi criado em 2002, pouco depois do processo de fusão que originou a empresa. O Centro está localizado em Jaguariúna (SP) e conta com 700 pessoas que se destacam pela qualificação profissional: 87% dos colaboradores possuem curso superior e 30% pós-graduação. Em seu escopo, além de processos comuns aos Centros de Serviços, estão também as operações de Logística e TI.
A multinacional possui outros CSCs pelo mundo. A unidade do Brasil a responsável por consolidar o resultado completo de toda a AmBev, já que o país concentra 90% do faturamento da mesma.
Há 1 ano e meio foi criado o nosso CSC Global, localizado na Índia, com objetivo de absorver processos que são de escala global, atividades transacionais, que não exigiam especificidades próprias de cada país. ”, explica Maffessoni.
A empresa também está focando na criação de operações regionais para criar uma sinergia local.
Entre os motivos que fazem a empresa não levar todas as operações regionais para a Índia, estão a barreira do idioma e o escopo de atividades: “Além do CSC Global e dos CSCs Regionais, contamos também com os CSCs Locais, que focam em atividades mais específicas como, por exemplo, pagamento de impostos.”.
Desafios da operação internacional
O diretor aponta o idioma como um dos desafios quando se trata de operações internacionais: “Por mais fluente que a pessoa seja, há sempre a influência regional, os sotaques, que acabam por dificultar um pouco a comunicação”. Segundo o executivo, o escopo do CSC também pode contribuir para dificultar ou não esse processo: “Centralizando atividades mais transacionais e repetitivas você aumenta a possibilidade de reorganizar processos e implementar soluções de tecnologia. Já atividades mais analíticas precisarão ser compreendidas por quem vai assumir a operação.” Nesse contexto, Maffessoni acredita que o maior complicador seja o fato de que nesses países e regiões ‘hotspots’ de CSC, a taxa de turn over é muito alta. Em países como a Índia, a taxa pode girar em torno de 60%. A mesma situação também é observada em países do Leste europeu onde a taxa pode chegar a 80%, segundo o executivo. Outro elemento a ser considerado é o fuso horário entre países, fator de bastante importância nas empresas globais que precisam operar 24h por dia.

Confira a entrevista completa na Edição 56 da Shared Services News!

Autor

Redação IEG

O IEG é uma empresa que elabora soluções de ensino, pesquisa e consultoria em gestão de forma integrada e complementar para você e para a sua organização.

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