Segundo pesquisas recentes, mais de 90% das 100 maiores empresas listadas na revista Fortune utilizam Centros de Serviços Compartilhados (CSCs), e 9 das 10 primeiras empresas listadas pela revista Exame as Maiores e Melhores também utilizam. Não temos dúvidas de que esse modelo veio para ficar. O que pode ocorrer é uma variação na forma de adoção do modelo.

Para falar das tendências do mercado e sobre os formatos de Serviços Compartilhados, resumimos aqui algumas considerações referentes a escopo, utilização de parceiros de negócio (BPOs), papel, responsabilidades atribuídas e novos desafios, questões fundamentais para os tomadores de decisão não ficarem apenas por conta do “achismo” ou opiniões pessoais restritas a uma ou outra experiência. Vamos às considerações…

Escopo

No início da adoção do modelo de Serviços Compartilhados, a grande maioria das empresas utilizou o conceito para centralizar e reduzir custos de atividades como finanças, recursos humanos, tecnologia da informação, suprimentos, logística e serviços de apoio (facilities).

Com o passar do tempo e o melhor entendimento da contribuição do modelo de negócios de Serviços Compartilhados, as empresas ampliaram o escopo de atuação passando a desenvolver atividades em praticamente todos os processos administrativos. Hoje, muitas delas já iniciam inclusive a avaliação de migrar para seus CSCs serviços ligados à sustentabilidade, engenharia, comunicação, vendas e marketing, o que torna o CSC estratégico para o sucesso dos negócios. Todos esses processos-fim possuem atividades de consolidação e análise de informações ou de administração de rotinas que naturalmente já se encaixariam na proposta de CSC.

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No entanto, a absorção pode ir além das atividades operacionais desses processos, com ganho na qualidade das informações de planejamento, velocidade e padronização de respostas a inputs do mercado e demais partes interessadas, trazendo ganhos táticos e até mesmo estratégicos.

Após terem percebido as vantagens e aprimorado a forma de relacionamento do CSC com o restante da organização, fica mais fácil para as empresas que optam pelo modelo a absorção de novas atividades e demandas

Outro ponto de destaque que reforça essa tendência é a mudança significativa nos modelos de Serviços Compartilhados: no início dos anos 2000, 76% dos CSCs eram de uma única função, ou seja, eram CSC apenas de Finanças, ou CSC apenas de Recursos Humanos e assim por diante, enquanto que os de multifunções (mais de uma função administrativa) representavam cerca de 24%. Desde 2012, esta condição já se inverteu, ou seja, 74% dos CSCs são multifuncionais e apenas 26% são monofunção, este número continua crescendo. (Fonte: The Hackett Group, Vol. 16, Nº 4 – 2012).

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Autores // Eden Brazil da Paz Jr. e Marcelo do Carmo Rodrigues, Sócios Consulpaz CGP Associates

Autor

Redação IEG

O IEG é uma empresa que elabora soluções de ensino, pesquisa e consultoria em gestão de forma integrada e complementar para você e para a sua organização.

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